segunda-feira, 25 de março de 2013

A relação entre Mal de Parkinson e estresse oxidativo

A Doença de Parkinson é caracterizada como uma enfermidade neurodegenarativa. Essa doença tem como características desordens no sistema nervoso central (SNC), devido à ocorrência de degenerações das células dopaminérgicas da substância negra, localizada no mesencéfalo. Não se sabe, entretanto, o motivo do aparecimento desses distúrbios. Há ocorrência de distúrbios motores, devido à deficiência na produção de dopamina, que é um neurotransmissor responsável por movimentos voluntários automáticos, aqueles que não precisam ser pensados para serem realizados. Ou seja, os portadores dessa doença têm dificuldades para fazer movimentos voluntários, tendo tremores ao se movimentarem. Entretanto, outras regiões do SNC podem ser acometidas pela doença, podendo levar a disfunções na produção de outros neurotransmissores
Qual é a relação entre Doença de Parkinson (DP) e estresse oxidativo?

Existe uma relação entre os danos na substância negra, causados pela Doença de Parkinson, e a acumulação de ferro no organismo. O ferro, por ser um metal de transição, pode servir como catalisador no processo de formação de radicais livres por meio da reação de Fenton, por exemplo. Esse aumento na formação de radicais livres leva ao desequilíbrio da relação entre a quantidade de radicais livres e a quantidade de antioxidantes, levando ao estresse oxidativo, além de causar mais danos às células neuronais. Existem também relações entre DP e o aumento da lipoperoxidação de membranas, a oxidação de DNA e o esgotamento de GSH. GSH é a forma reduzida da Glutationa, que é antioxidante, regulador de outros antioxidantes e agente detoxicante. 

A terapia para o tratamento no início da DP com 3,4-dihidroxifenilalanina (L-DOPA), que é precursor da dopamina, pode ser também uma causa de estresse oxidativo, levando ao agravamento da DP. O grande problema desse tratamento é que a dopamina é geradora de peróxido de hidrogênio (H2O2) por meio da via monoamino oxidase B. O peróxido de hidrogênio, ao se combinar com um metal de transição, dá origem ao radical hidroxila (OH*), que é o radical livre mais reativo de todos e causa maiores danos ao organismo. Pode-se observar isso por meio das reações abaixo:

Dopamina + O2 + H2O --> L-DOPA + H2O2 + NH3
  
                        Fe2+ + H2O2 --> Fe3+ + OH- + OH*
 
 Existem também de que uma distribuição anormal de ferro nas células da substância negra, enquanto ativas, levaria a uma maior formação de radicais livres, aumentando o estresse oxidativo.
Se essas hipóteses a respeita da relação entre radicais livres e a DP estiverem corretas, tratamentos baseados em antioxidantes poderão ser adotados pra o controle dessa doença.
Outras doenças que têm relação com os radicais livres serão abordadas em posts posteriores.
 
Fontes bibliograficas:  
 
 
 
 
Publicado por:
Academica : Juline K Macedo, 5° semestre, Licenciatura em Ciências Biologicas, UCPel, Pelotas, 2013/1  
  

domingo, 24 de março de 2013

Cardápio ajuda a prevenir Alzheimer



Cardápio ajuda a prevenir Alzheimer
TER MARÇO, 2013   
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 Os dados do IBGE apenas comprovam o que já podemos ver nas ruas: o número de idosos no Brasil só aumenta. De acordo com o instituto, a população acima de 65 anos representa 7,4% dos brasileiros, e esse número tende a dobrar até 2025. E conforme a expectativa de vida aumenta, maiores são as chances dessa pessoa desenvolver doenças relacionadas à demência, dentre elas o Alzheimer.Isso acontece porque os neurônios vão se degenerando naturalmente conforme a idade. A perda da função cerebral pode afetar a memória, o raciocínio, a linguagem, o juízo e o comportamento. No entanto, é possível retardar essa degeneração dos neurônios com a adoção de hábitos saudáveis, como dormir bem, praticar atividades físicas e ter cuidados especiais com a alimentação. Confira como a dieta pode ajudar na prevenção do Alzheimer.

Casca de romã
Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, descobriu que a casca da romã pode prevenir o surgimento do Alzheimer. Os cientistas identificaram uma enzina na fruta que tem atuação específica na prevenção da doença, além dela possuir uma elevada quantidade de antioxidantes. “Esse nutriente é conhecido por combater os radicais livres, ação que ajuda a diminuir a perda degenerativa, protegendo contra o Alzheimer e outras demências”, afirma a nutricionista Érika Suiter, do Hospital Sírio Libanês. É importante ressaltar que apenas o consumo contínuo da casca de romã pode trazer esses benefícios, já que ele são percebidos em longo prazo. Os cientistas estão estudando uma forma de transformar a casca de romã em pó, para colocá-la em cápsulas, mas você pode consumi-la na forma de suco, por exemplo.
Cafeína
Já foi comprovado que a cafeína age como protetora do organismo contra o Alzheimer e outras demências. A explicação para o feito ainda não é clara: por enquanto, a ação antioxidante e anti-inflamatória da substância são os pontos de destaque para a prevenção. “O café, além de cafeína, também contém boas doses de ácido clorogênico, substância de conhecida ação anti-inflamatória, também encontrada em vegetais amarelos ou avermelhados”, afirma o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Brasileira de Nutrologia. Um grupo de pesquisadores das universidades do Sul da Flórida e de Miami, nos Estados Unidos, demonstrou que consumir cafeína pode ajudar a reduzir as chances de idosos com comprometimento cognitivo leve desenvolverem doença de Alzheimer. Os resultados, que foram publicados no periódico Journal of Alzheimer’s Disease, mostraram que beber ao menos três xícaras de café é capaz de proteger o cérebro do declínio cognitivo. Além do café, outras fontes de cafeína são os chás preto e mate, o chocolate e o guaraná.
Peixes
Um estudo feito na Escola de Medicina na Universidade de Pittsburgh (EUA) indicou que idosos que comem peixe assado ou grelhado pelo menos uma vez por semana protegem o cérebro contra doenças. Os pesquisadores descobriram que as células do cérebro responsáveis pela memória morriam mais rápido entre as pessoas que comiam pouco peixe, e 47% delas desenvolveram a doença de Alzheimer cinco anos após os exames. Por outro lado, apenas 3% das pessoas que comiam peixe de uma a quatro vezes por semana desenvolveram Alzheimer ou apresentaram comprometimento leve da memória. O responsável por essa proteção é o ômega 3, uma ácido graxo que faz parte da estrutura da matéria cinzenta do cérebro. “Ele promove a comunicação entre as células nervosas, mantendo-as leves e funcionais, ajudando o cérebro a monitorar o humor, a memória e a concentração”, explica a nutricionista Érika.
Oleaginosas
Ter uma dieta rica em oleaginosas (como castanhas, nozes e amêndoas) diminui significativamente as chances de uma pessoa desenvolver o Alzheimer, afirma um estudo feito pela Universidade Columbia (EUA). Essa conclusão foi tirada da análise das dietas de 2.148 adultos americanos com mais de 65 anos, durante quatro anos. De acordo com a nutricionista Érika, esses alimentos são ricos em selênio, um mineral cuja deficiência pode causar distúrbios na atividade dos neurotransmissores – substâncias produzidas pelo neurônio que tem como função levar informações de uma célula a outra. “O selênio ajuda substâncias como a serotonina, a dopamina e a acetilcolina, que são fundamentais para a transmissão de mensagens entre os neurônios e o bom funcionamento cerebral”, diz Érika. Outras fontes de selênio são grãos, alho, carne, frutos do mar e abacate. Uma unidade ao dia de castanha do pará já fornece a quantidade diária recomendada de 350mg de selênio para trazer benefícios ao organismo.
Frutas roxas e vermelhas
Comer uma ou duas porções por dia de amoras pretas, ameixas, uvas ou mirtilos pode ajudar no combate ao Alzheimer, Parkinson e até câncer. A conclusão faz parte de um estudo feito na Universidade de Manchester, no Reino Unido, e publicado no periódico Archives of Toxicology. De acordo com os cientistas, o responsável por esse benefício é o polifenol, um poderoso antioxidante. Outro trabalho, desenvolvido pelo Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia (EUA), constatou que um flavonoide chamado fisetina, presente nas frutas vermelhas, estimula a área do cérebro responsável pela memória de longo prazo e o protege de doenças degenerativas como o Alzheimer e a esclerose múltipla. “Essa substância é capaz de desencadear um processo que permite que as memórias sejam armazenadas no cérebro com mais facilidade e que o cérebro estabeleça conexões mais fortes entre os neurônios”, diz o nutrólogo Roberto. O especialista afirma que o morango é a fruta vermelha que mais contém fisetina.
Azeite de oliva
Velho amigo da saúde, o azeite de oliva extra-virgem é comumente relacionado à prevenção de doenças cardiovasculares. Entretanto, uma pesquisa feita pela Universidade de Frankfurt, na Alemanha, descobriu que existe um composto presente no azeite chamado hidroxitirosol é capaz de impedir a degeneração dos neurônios, retardando o processo de envelhecimento cerebral. “O azeite também é rico em vitamina E, um antioxidante que atua na reconstrução das fibras nervosas”, explica o nutrólogo Roberto. Para obter o benefício, consuma o azeite na forma in natura para regar saladas ou a comida. Quando é submetido a altas temperaturas, boa parte das propriedades do óleo são desperdiçadas.
Cúrcuma
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos EUA, sugere que comer curcumina uma ou duas vezes por semana pode ajudar na prevenção do Alzheimer. A curcumina é um dos componentes do cúrcuma, ingrediente que dá a cor amarelada ao curry indiano. “O tempero possui efeito anti-inflamatório e antioxidante, ajudando a prevenir o envelhecimento e eliminar as estruturas no cérebro associadas ao Alzheimer”, afirma Érika Suiter.
 Postado por: Samanta Ávila Fonseca
Ciências Biológicas 5º semestre
Fonte: www.minhavidaorganica.com.br


quarta-feira, 20 de março de 2013


O que é o Stress Oxidativo? 
Define-se como Stress Oxidativo o aumento
de radicais livres no organismo, motivado
por uma ruptura do equilíbrio entre a sua
produção e a capacidade do organismo
de os eliminar (antioxidantes).
Estes radicais livres degradam as moléculas orgânicas,
por oxidação, estando envolvidos no envelhecimento celular
e em várias patologias como cancro, aterosclerose, isquemia
e numerosas doenças inflamatórias, tais como:
Artrite Reumatoide
Doença de Parkinson
Doença de Alzheimer
Doença de Crohn
Diabetes Asma
Outros: Cirroses, colites, ...
Reconhece-se atualmente que o Stress Oxidativo desempenha
um papel importante na patogenia (origem) de diversas
doenças, através da atuação dos radicais livres.
Estes mecanismos de deterioração levam a um conjunto
de alterações a que chamamos “envelhecimento”.
Uma dieta adequada, assim como o controle preventivo
de alguns parâmetros, responsáveis pelo envelhecimento
cardiovascular, ajudam a melhorar a sensação de bem estar
(qualidade de vida) e a eficácia dos tratamentos
antienvelhecimento, bem como a sua monitorização.
O aumento descontrolado da concentração de radicais livres,
pode ser motivado por vários factores externos:
- Factores químicos: poluição atmosférica, alimentação
inadequada, pesticidas, etc.
- Fatores emocionais: depressão, medo, traição, frustração, etc.
- Fatores físicos: trabalho braçal, excesso de exercício,
queimaduras, radioatividade, etc.
- Fatores infecciosos: doenças virais, bacterianas, fúngicas etc.
Para combater tal desequilíbrio, podemos atuar de três formas
diferentes:
- Diminuir o stress primário
- Administrar ou estimular a produção de enzimas antioxidantes
(Glutation, Selênio, etc).
- Administrar antioxidantes não enzimáticos (Vitamina E,
caroteno)
Alimentos Ricos em Antioxidantes:
Amoras; Framboesas; Morangos; Cerejas; Uvas; Tomate; Alho;
Couve; Brócolos; Couve-de- Bruxelas; Ameixas; Pimentos;
Azeite; Cereais Integrais; Nozes; Chá Verde.
 Simone Scheer, Ciências Biológicas, 5 semestre.
Fonte: http://www.cmclinicas.com/

domingo, 17 de março de 2013

Radicais livres e doenças



Os radicais livres estão implicados na gênese e no agravamento de inúmeras doenças, como por exemplo, a aterosclerose, câncer, doenças articulares, doenças cardiovasculares, alergias, catarata, doenças crônicas em geral e o próprio envelhecimento.

Os radicais livres quando sob controle não são prejudiciais, porém quando fora de controle provocam danos às vezes irreparáveis às células, inclusive no DNA, podendo também alterar a permeabilidade das membranas prejudicando o funcionamento celular. Para manter sob controle o nível de radicais livres nosso organismo utiliza enzimas antioxidantes importantíssimas, que são produzidas em nosso organismo. 

Estas enzimas têm a capacidade de neutralizar radicais livres. São elas: superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase. Existem outras substâncias que também neutralizam radicais livres como: vitaminas (E, C, betacaroteno), aminoácidos (glutationa), ácido úrico, enzimas proteolíticas e lipolíticas, etc.

Vitaminas, aminoácidos e outros nutrientes podem vir de uma boa alimentação. A concentração de minerais nos alimentos dependem de sua concentração no solo, por este motivo, na maioria das vezes teremos que fazer uma suplementação de minerais.

A formação de radicais livres no organismo deve obedecer tão somente às necessidades metabólicas: quando isso não acontece e ocorre um excesso de radicais livres, o organismo fica sujeito a degenerações e suas conseqüências patológicas.

Os radicais livres são formas reativas de átomos e moléculas e como tais participam de numerosas reações orgânicas, para as quais são indispensáveis. A liberação de energia das ligações fosfato do ATP (a molécula universal para armazenamento de energia) depende do concurso de radicais livres.

Durante esse processo, pequenas quantidades de compostos intermediários são convertidos em formas mais ativas, tais como peróxido de hidrogênio, superóxidos, oxigênio nascente e radical hidroxílicos.

Entretanto, quando em excesso no organismo, os radicais livres atacam a parede das células e destroem estruturas e tecidos, causando várias doenças.

Doenças Genéticas: Neste caso são conhecidos distúrbios recessivos autossômicos ocasionados por radicais livres, dentre eles a anemia hipoplásica congênita (síndrome de Fanconi), a síndrome de Bloom e xerodermia pigmentosum. O ponto em comum nestas três patologias é que todas se originam da incapacidade de reparação do DNA após sofrer agressão química ou física (White, A & cols).

Doenças Genético-Ambientais: Nesse grupo a enfermidade mais representativa é o lupus eritematoso sistêmico, onde se encontram anticorpos específicos anti-DNA.

Doenças Ambientais: Muitos distúrbios e doenças características da época em que vivemos têm origem nas degenerações provocadas pela ação de radicais livres. A aterosclerose, agregação de plaquetas e hipertensão são alguns exemplos.
Câncer e radicais livres estão intimamente ligados. Verifica-se que a incidência de tumores é menor em regiões onde consumo de antioxidantes, na dieta, é abundante e muito freqüente. Há demonstrações que a carcinogênese química é inibida pela presença de antioxidantes.

Outro exemplo a ser citado é a formação de cataratas, proveniente do ataque ao cristalino por radicais livres. O Dr. Gary Todd comprovou em seu trabalho de clínica oftalmológico e pesquisa que a administração de antioxidantes (vitaminas e minerais) a pacientes com processos de catarata em curso, pode recuperar em média, 50% da capacidade visual.

Há estudos que demonstram ainda, a ação deletéria dos radicais livres sobre o metabolismo cerebral. A oxidação descontrolada de ácidos graxos no cérebro é apontada como um dos fatores responsáveis por defeitos sensoriais e cognitivos.


Publicado por: Juline Kiesow Macedo
Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas, 5° semestre

quinta-feira, 14 de março de 2013

Antioxidante diminui estresse oxidativo induzido por dieta rica em gordura


Data:            16/02/2012
Autor (a):       Rita de Cássia Borges de Castro.
Fotógrafo:    Rita C. B. Castro
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Pesquisa experimental indica que a suplementação com ácido lipoico é eficaz na prevenção do desenvolvimento de estresse oxidativo induzido por dieta rica em gordura, além de prevenir danos ao sistema imunológico.

O estudo foi publicado na revista científica Nutrition e avaliou camundongos distribuídos em três grupos (n=8 por grupo):

-Grupo controle: consumo de dieta contendo 4,9% de gordura;
-Grupo I: consumo de dieta contendo 21,2% de gordura (sendo 17,5% de gordura saturada);
-Grupo II: consumo de dieta contendo 21,2% de gordura (sendo 17,5% de gordura saturada), adicionada de 0,1% de ácido lipoico.

Os animais foram avaliados após 10 semanas do consumo da dieta. Foram coletados plasma e baço para a avaliação de biomarcadores de estresse oxidativo e capacidade antioxidante total, além de células do sistema imunológico.

A dieta do grupo I diminuiu significativamente o número de células imunológicas (p<0,05), levando a um quadro de imunossupressão, acompanhado de aumento de biomarcadores de estresse oxidativo no plasma e baço (p<0,05). Além disso, os autores verificaram que houve diminuição significativa na expressão de genes relacionados com a defesa antioxidante (superóxido dismutase-3, metalotioneína-1, glutationa peroxidase-5 e peroxiredoxina-4).

Por outro lado, a dieta do grupo II, suplementados com ácido lipoico, impediu significativamente a imunossupressão e aumentou a expressão dos genes relacionados com a resposta antioxidante, restaurando as atividades normais das enzimas antioxidantes.

O ácido lipoico, também conhecido como ácido tioico, é um antioxidante que, diferente dos demais antioxidantes, reprime radicais livres tanto em meio lipídico quanto aquoso. As fontes alimentares típicas de ácido lipoico são as carnes (músculo), coração, rins e fígado, e em menor grau frutas e produtos hortícolas. No entanto, a quantidade ingerida a partir dos alimentos não é suficiente. Por isso, a suplementação entre 50 a 600 mg de ácido lipoico pode ser mais vantajosa para obter estes benefícios.

“Nosso estudo demonstra que o estresse oxidativo induzido por dieta rica em gordura pode desempenhar um papel crítico na depressão de células imunológicas. Entretanto, a suplementação com ácido lipoico restabeleceu o equilíbrio antioxidante, por meio da atuação na expressão de determinados genes”, concluem os pesquisadores.
Referência(s)

Cui J, Xiao Y, Shi YH, Wang B, Le GW.
Lipoic acid attenuates high-fat-diet-induced oxidative stress and B-cell-related immune depression. Nutrition. 2012;28(3):275-80. 

Fonte: WWW.nutritotal.com.br

Publicado por: Samanta Ávila Fonseca
Ciências Biológicas-Licenciatura, 5º semestre.
  


Antioxidantes

As células do nosso corpo estão constantemente sujeitas a danos tóxicos pela formação de radicais livres.
Esses radicais livres são provenientes da oxidação da membrana celular, responsáveis pela ocorrência de diversas enfermidades e processos degenerativos do organismo humano.
O termo antioxidante é utilizado para denominar a função de proteção celular contra os efeitos danosos dos radicais livres. Sendo que alguns nutrientes, naturalmente presentes ou adicionados nos alimentos, possuem propriedade antioxidante.
São vários os nutrientes que têm essa ação no organismo. Entre eles estão as vitaminas C e E, carotenóides e isoflavona. A eficiência da função dos antioxidantes derivados da alimentação depende da sua biodisponibilidade e da ingestão de quantidades adequadas do nutriente. Entretanto, o consumo excessivo de algumas vitaminas antioxidantes pode causar hipervitaminose, que nada mais é do que uma quantidade exagerada de vitamina no organismo.
Alguns estudos provaram que alimentação rica em hortaliças e frutas está associada com a baixa incidência de doenças crônico-degenerativas, como alguns tipos de câncer (pulmão, mama, próstata) e doenças cardiovasculares, efeitos fotoprotetores, como também efeitos de substituição hormonal. Um exemplo: o consumo de soja é eficaz na redução do risco de doença cardíaca coronariana e na redução dos níveis de LDL (mau colesterol) e aumento de HDL (o bom colesterol).
Embora ainda não se tenha certeza dos quais componentes bioativos presentes na soja sejam responsáveis por essa função antioxidante, acredita-se que a isoflavona, que também tem similaridade com o hormônio estrogênico, entre outros compostos presentes no alimento são responsáveis por esse efeito protetor.

Alimentos como carnes, leite, ovos, peixes, nozes e frutos do mar podem conter enzimas com função antioxidante (Coenzima Q 10) que tem a função de proteger as membranas celulares.
Vale lembrar que o consumo de alimentos como aveia, linhaça, chá verde, peixes, margarinas enriquecidas com fitoesteróis, chamados alimentos funcionais, mostram também benefícios potenciais para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, pois encontra-se neles alguns compostos antioxidantes.
Uma alimentação balanceada, rica em diferentes tipos de hortaliças, cereais, leguminosas e frutas, tendo quantidades adequadas de produtos fonte de proteína animal, com o uso de óleos vegetais, gérmen de trigo e oleaginosas, podem atingir as necessidades de ingestão diária sem a necessidade de suplementação.    
Por:
Roberta Stella 
Nutricionista formada pela Universidade de São Paulo (USP)

Fonte: maisequilibrio.terra.com.br
Postadodo por: Samanta Ávila Fonseca
Ciências Biológicas Licenciatura, 5° semestre

quarta-feira, 13 de março de 2013

Fontes de Radicais Livres


As espécies reativas de oxigênio e outros radicais livres podem ser produzido por fontes ENDÓGENAS ou EXÓGENAS.

Endógenas: As fontes endógenas geradoras de radicais livres incluem as mitocôndrias e a atividade de algumas enzimas como xantina oxidase, citocromo P450, monoaminooxidases, as enzimas envolvidas na via de produção de prostaglandinas e tromboxanos, e a NADPH-oxidase da membrana plasmática de macrófagos. Podem também ser gerados nos peroxissomo e leucócitos. 



 Exógenas: As fontes exógenas geradoras de radicais livres incluem tabaco, poluição do ar, solventes orgânicos, a dieta, anestésicos, pesticidas e radiações gama e ultravioleta.




FONTE: Radicais livres e a resposta celular ao estresse oxidatico, editora da ulbra, 2004.
PUBLICADO POR: Silviane Gonçalves Ribeiro
Ciências Biolígicas Licenciatura, 5° semestre, UCPEL

Teoria Mitocondrial do Envelhecimento - justificativa das mulheres viverem mais do que os homens

Visão Geral da Mitocôndria A mitocôndria é uma organela celular cuja existência é fundamental à vida humana. Em tal organela se processa a maior parte da respiração celular, responsável por constituir a maquinaria energética da célula, fornecendo energia por meio da hidrólise de ATP obtida a partir das reações quimicas que ocorrem durante a respiração celular.




 

Entretanto, a mitocôndria libera, em seus processos oxidativos, espécies reativas de radicais livres do oxigênio, para os quais há uma teoria proposta por Harman em 1956 relacionando-os aos processos de envelhecimento.




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  A Teoria Mitocondrial do Envelhecimento Mais de 90% do oxigênio utilizado por células aeróbicas é consumido por mitocôndrias, e cerca de 1 a 2% do oxigênio usado pelas mitocôndrias de mamíferos não forma água, e sim um ânion superóxido, que é convertido a peróxido de hidrogênio(H2O2).


 

 As espécies reativas de oxigênio e o peróxido de hidrogênio são capazes de causar dano oxidativo a proteínas, lipídios e DNA. A geração contínua dessas substâncias produzem um estresse oxidativo crônico, que estará diretamente relacionado à idade e atualmente é conhecido o fato de que o dano oxidativo ao DNA mitocondrial, proteínas e lipídios ocorrem ao longo do tempo e há estudos que demonstram maior concentração dessas substâncias oxidativas em indivíduos mais velhos.

  Justificativa das mulheres viverem mais do que os homens

 Vários estudos foram feitos com diversas espécies de animais e uma conclusão é feita: fêmeas vivem mais do que machos. Com a espécie humana, não é diferente, apesar de haver teorias de cunho sócio-cultural que contribuem para explicar tal fato, como o fato de mulheres procurarem mais os serviços de saúde do que os homens. Entretanto, tem-se demonstrado que a importância mitocondrial no envelhecimento pode ser uma grande influente na explicação de tal fato, uma vez que as mitocôndrias masculina e feminina apresentam algumas peculiaridades entre si que provavelmente estão diretamente relacionadas com o fato das mulheres viverem mais. As mitocôndrias hepáticas de fêmeas produzem aproximadamente 50% da quantidade de espécies oxidantes produzidas por machos. Houve pesquisas que demonstraram que a retirada do ovário faz a mitocôndria feminina produzir tais espécies reativas em quantidades semelhantes à mitocôndria masculina. Entretanto, a terapia complementar com estrógeno evidenciou um retorno à situação de normalidade, ou seja, redução de 50%. Tal fato explica a importância do hormônio estrógeno na redução da produção de radicais livres que promoverão o envelhecimento. Além disso, foi evidenciado que o dano provocado ao DNA mitocondrial pelos radicais livres é maior no macho do que na fêmea. Uma alternativa que tem sido procurada para aumentar a expectativa de vida média do homem é a de induzir os efeitos benéficos do estrógeno feminino na diminuição dos radicais livres sem provocar o aparecimento de características femininas.


 Referências Bibliográficas: - VIÑA, J. et al. Mitochondrial Theory of Aging: Importance to Explain Why Females Live Longer Than Males. ANTIOXIDANS & REDOX SIGNALING volume 5, number 5, 2003. - MATTOS, I. L. et al. Peróxido de hidrogênio: importância e determinação. Quím. Nova vol.26 no.3, São Paulo, 2003.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1809-98232011000300005&script=sci_arttext

Plublicado por: Juline Kiesow Macedo
Ciências Biológicas Licenciatura, 5° semestre



 

A principal fonte do organismo pode ser um benefício ou uma ameaça.

O oxigênio constitui tanto um benefício quanto uma ameça aos organismos vivos e aqueles que se capacitaram a usufruir de seus benefícios tiveram, por necessidade, de desenvolver uma série de defesas contra os seus perigos. (FRIDOVICH, 1977.)
FONTE: Radicais livres e a resposta celular ao estresse oxidativo, editora da ulbra, edição 2004.
Plublicado por: Silviane Gonçalves Ribeiro
Ciências Biológicas Licenciatura, 5° semestre

terça-feira, 12 de março de 2013

 
 
Antioxidantes e radicais livres
 
A prática de esportes tem um lado sombrio: faz aumentar a produção de radicais livres. Esse grupo de substâncias altamente reativas um subproduto da nossa respiração está ligado ao processo de envelhecimento celular e ao surgimento de doenças como o câncer. Quem é sedentário produz radical livre, mas não tanto quanto o esportista, que, óbvio, consome muito mais oxigênio, ressalta Cibele Crispim, especialista em nutrição esportiva da RG Nutri, em São Paulo. Para neutralizar essas moléculas nas células, quem faz esporte deve dar atenção especial aos antioxidantes, recomenda Alexandre Merheb, mestre em nutrologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A vitamina C é um dos principais deles. Encontrada nas frutas cítricas, é essencial na síntese de colágeno, parte da estrutura de vasos sangüíneos, tendões e ligamentos. Quem faz exercícios deve ingerir diariamente 100 mg, o equivalente a dois ou três copos de suco de laranja ou um de acerola, diz. Entre os minerais, o selênio é o que se destaca na briga contra as temidas moléculas. A castanha-do-pará é a sua mais importante fonte. Apenas uma unidade já contém o teor recomendado por dia: entre 55 e 70 mg, explica a nutricionista. A vitamina E faz parte desse grupo. Ela está nos óleos de soja, milho e canola. Como rotina, consuma também fontes de betacaroteno, encontrado nas frutas e nos legumes amarelo-alaranjados mamão e cenoura, entre outros.

Fonte Revista Saúde editora Abril
Postado por Wendel Souza

segunda-feira, 11 de março de 2013

Mulheres sofrem estresse oxidativo mais intenso que homens


Mulheres sofrem estresse oxidativo mais intenso que homens

Tomar um copo de suco de laranja ou uma pílula de vitamina pela manhã pode ser mais importante para as mulheres que para os homens?
Ainda é prematuro afirmar, mas, por razões desconhecidas, os resultados de um novo estudo sugerem que as mulheres sofrem oxidação mais intensa - processo suspeito de aumentar o risco de doença cardíaca, derrame e vários outros distúrbios. Como contrapartida, a vitamina C e outras vitaminas antioxidantes poderiam neutralizar esse processo.
O estresse oxidativo resulta do acúmulo de radicais livres, substâncias que danificam as células. Essa forma de estresse pode ser provocada por elementos externos, como o consumo de cigarros, ou por fatores em nível celular.
Acredita-se que o dano causado pelo estresse oxidativo contribua para o envelhecimento e o surgimento de muitas doenças. Com a finalidade de avaliar a influência da oxidação sobre o desenvolvimento de doenças, muitos estudos grandes mediram a ingestão de antioxidantes como a vitamina C na dieta. Poucas pesquisas, porém, determinaram a extensão do dano oxidativo em seres humanos.
Esse foi justamente o objetivo da equipe de Gladys Block, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. No trabalho, os pesquisadores mediram o dano oxidativo em 298 adultos saudáveis, na faixa etária dos 19 aos 78 anos. A pesquisa incluiu a participação de 138 fumantes, 92 não-fumantes e 68 pessoas que relataram exposição ao fumo passivo.
A equipe de Block determinou os níveis sanguíneos de duas substâncias - o malondialdeído e os isoprostanos F2 -, subprodutos da oxidação de substâncias gordurosas (lipídios) e marcadores do dano oxidativo.
Com base nas taxas desses indicadores, os pesquisadores constataram que o dano oxidativo foi significativamente maior entre as mulheres que entre os homens, segundo artigo publicado no American Journal of Epidemiology. Na realidade, pertencer ao sexo feminino foi um indicador mais importante de dano oxidativo que o tabagismo.
A ocorrência de dano oxidativo em nível mais elevado entre as mulheres foi uma surpresa, e os pesquisadores não têm uma boa explicação para o fato. No princípio, a equipe supôs que a maior porcentagem de gordura corporal das mulheres pudesse ser a causa. No entanto, quando os cientistas levaram em consideração o índice de massa corporal (IMC) - proporção entre peso e altura -, as mulheres ainda apresentaram níveis mais elevados de oxidação.
A descoberta de níveis mais altos de estresse oxidativo em mulheres é particularmente interessante pois "elas correm um risco maior de desenvolver câncer de pulmão que os homens quando expostas a níveis semelhantes de fumaça de cigarro," informaram os autores.
Pessoas com níveis maiores da proteína C-reativa -- um marcador de inflamação associado à doença cardíaca -- também tenderam a apresentar estresse oxidativo mais intenso, de acordo com os pesquisadores.
Por outro lado, o estresse oxidativo foi menor entre os voluntários que consumiam mais frutas e entre aqueles com níveis sanguíneos mais elevados de vitamina C e de carotenóides - pigmentos encontrados em frutas e vegetais usados pelo organismo para produzir vitamina A, explicaram os autores.
O fumo, a idade, o consumo de álcool ou outros fatores associados à dieta não influenciaram os níveis de estresse oxidativo. Uma forma de vitamina E chamada alfa-tocoferol pareceu não produzir efeito sobre o estresse oxidativo, segundo o trabalho.
Fonte: www.terra.com.br
Postado: Simone Scheer