A investigação dos efeitos dos radicais livres sobre a
doença de Alzheimer é de grande relevância, visto que a incidência dessa doença
(a qual geralmente acomete idosos) tenderá a aumentar em nossa sociedade.
A doença de Alzheimer consiste em uma doença neurodegenerativa
em que ocorre perda progressiva das capacidades neurológicas (motora e
cognitiva) e da memória do indivíduo.
A explicação mais comum para a causa da Doença de
Alzheimer é a precipitação de peptídeos Beta amiloides (um componente solúvel
do líquido cefalorraquidiano e do plasma sanguíneo derivado do processamento do
precursor de proteína amiloide), levando à formação de fibrilas neurotóxicas e
a formação das placas senis. A ação desses peptídeos foi associada também à
formação direta de radicais livres, os quais atuariam na oxidação de proteínas
e peroxidação dos lipídios formadores (ambos: proteínas e lipídios) das
membranas plasmáticas das células nervosas. A ocorrência de elevados níveis de
ferro também está associada á doença, pois promove a propagação do processo de
peroxidação levando à liberação de lipídios hidroperoxidados e ao aumento dos
aldeídos circulantes.
Desajustes no equilíbrio iônico e um aumento nos níveis
intracelulares de Cálcio seriam algumas das conseqüências causadas pela
danificação da membrana plasmática das células nervosas. Isso pode acarretar
uma ativação incontrolada de proteases dependentes de Cálcio e da enzima óxido
nítrico sintetase, levando à formação de OONO-, o qual acabaria propagando o
efeito degradativo dos radicais livres para outras células.
Além disso, a ação do peptídeo Beta amiloide seria
responsável por formar uma resposta inflamatória aguda, a qual comprometeria a
cadeia respiratória de elétrons de fagócitos e permitiria a formação de OONO-,
desencadeando então uma reação em cascata que levaria à destruição progressiva
das células neuronais.
A podtagem "Radicais Livres e a Doença de Alzheimer" é meu tá gente! Lisli
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